terça-feira, 23 de junho de 2009


"Todo o problema acabou, o vira-lata chegou!!!"
"Onde, aonde, o vira-lata está?"
Doce Polle Poole Brad

Canes

Um dos efeitos da cisão entre o homem e a natureza pode ser facilmente demonstrado através de um simples e cotidiano exemplo, o descaso e a “coisificação” dos animais domésticos por exemplo.
O homem determinante de si, racional e objetivo, vê o outro como “o outro”, fora de si, algo alheio. Não se sente integrado com o meio que o circunda. Assim, um pequeno animal um cão por exemplo, transforma-se num objeto, portanto descartável, assim como um sofá, uma cama velha...
Desta forma, vemos casos tristes de maus tratos e abandono.
Como maltratar um pequeno ser que lhe oferece o que de melhor têm? Amor. Onde independente de quem se é, o amor será incondicional, que fará a maior festa quando você chegar, e injetará humanidade em suas veias.
E diferentemente do que se possa pensar, não são primordialmente os pobres, nem os miseráveis que assim tratam os animais, mas sim as pessoas mais bem estabelecidas, poderíamos dizer (nessa hierarquia de miseráveis), aquelas que são mais expostas às influências do mundo, das necessidades eternas do consumo, da aquisição.
Assim, um cão será simplesmente uma peça do mobiliário, compra-se um cão Labrador marrom para combinar com o tom do sofá da casa de campo.


TiTo Igatha
04/07/2003
"O Iluminado"


E por falar em "caganeira" (com o perdão da expressão), recomendo o livro "O Iluminado".

Se o filme já é o que é, imagine o livro!!!


Demais!!!


Classificação: Caganeira para gostar de ler

O Demônio de Gólgota


Pra quem curte livro de terror, indico esse (se achar por aí).

Esse livro me causou terror, e nunca tinha coragem de lê-lo durante a noite. Estranhamente se perdeu num acidente de carro (do amigo Camilão). Nunca mais foi visto!!!


Classificação: Caganeira

A lógica direta de Forrest Gump


Dizem que todo português é burro. As piadas mais contadas são aquelas que expõem tal burrice.
Certa vez uma professora contou um caso acontecido com ela mesma, que explicava um pouco sobre tal “estupidez” lusitana. Conta ela que ao entrar numa loja de calçados em Portugal e pedir um sapato número 36, recebeu do vendedor exatamente um pé do calçado, ou seja, a lógica é direta. Peço “um” sapato, recebo “um” sapato (não deduzo que são os dois, afinal pedi um, não?).
Essa é a lógica do personagem Forrest Gump. Uma lógica direta, sem rodeios e inferências. Será então que podemos dizer de tal “burrice”?
Por exemplo, depois de beber 15 refrigerantes na recepção da Casa Branca com o presidente Kennedy e escutar como se sentia, respondeu: “preciso fazer xixi”. Ninguém perguntou afinal, como se sentia em relação a sua participação no time nacional universitário de futebol americano? Esse é o fator também para que se saia tão bem no exército! Deve apenas receber e executar ordens diretas, não questioná-las, nem interpretá-las, apenas obedecê-las.
Talvez seja esse o motivo de escutar tantas vezes que é um idiota! O personagem contador de histórias não questiona, não interpreta, apenas age. Não é isento de razão, apenas segue outra.
E isso também não interfere na sua ética, desenvolvida basicamente com os ricos conselhos de sua mãe: “nunca deixe que digam que você é diferente, você é especial”, “Faça o melhor que puder, Forrest!”, etc. Assim, cumpre todos os compromissos assumidos por mais absurdos que possam parecer. Por exemplo, se tornando capitão do barco de pesca de camarões de Buba, mesmo depois da morte do amigo no Vietnã.
Pelo contrário do que possa parecer, uma pessoa altamente comprometida e ética. Um olhar ingênuo e puro em relação à vida, como uma criança. Apenas isso.

Ps. Sede assim – qualquer coisa serena, isenta, fiel, igual ao boi que vai com inocência para a morte”.
Cecília Meireles


TiTo Igatha
20/06/2006