quarta-feira, 10 de junho de 2009



Edward Bunker - Educação de um bandido

Quer saber da vida do crime e da redenção do homem através da literatura? Conheça um pouco da vida desse homem que passou a maior parte de sua vida em cana. Folsom, San Quentin, Soledad, as grandes prisões da cidade de L.A.

Ideal para quem se acha "malandro"!!!



TiTo Whitman

Um grande escritor, no seu conhecido estilo Velho do Rio.



O velho TiTo e seu cão de caça Caculé III

terça-feira, 9 de junho de 2009


Eu não quero ser nada (O que você quer ser quando crescer?)


Uma pergunta que me aterrorizou por toda a vida foi: O que você vai ser quando crescer?
Pelo amor de Deus! Tenho essa pergunta talvez como um dos grandes traumas da minha vida. Nessa de – “você vai ser o que?” Já fui médico (primórdios – têm explicação pois fui do tipo doentinho!), militar era um grande sonho (provavelmente pelo exemplo de meu avô ex-combatente de guerra ou quem sabe um gosto em dar ordens – sou um reacionário latente!), acabei estudando Direito por gostar da “justiça” e talvez assistir a muitos filmes de tribunal americano.
A vida acabou por dar voltas tão absurdas que nesse momento do Direito em diante tudo tomou um ar novo, afinal nada mais era, eu não sou. No sem sentido da vida (que Heidegger diz ser o que de melhor pode acontecer – mas não parece!) acabei tornando-me estudante de filosofia. Não que simplesmente tenha acontecido, mas a partir de certo momento procurei escutar mais, certas vozes (talvez o Daimon socrático!).
Posso perceber vagamente o estrago de tal pergunta em toda uma cultura. Pergunta que privilegia um futuro imaginário, de possibilidades de “ascensão”, criando sonhos e sonhando com o poder (ilusório) de moldar, projetar o “futuro”. Como se tal existisse nestes termos.
Acabamos não percebendo o próprio real que escorre bem na nossa frente e só terá valor num futuro distante como forma de lembranças e saudades.

NiNo Strapillo
04/11/2003

Humildade

Não devo nunca perder de vista (de mente) que quem age não sou eu (ego), mas sim o Deus que me “utiliza” como instrumento para o Todo. Diria que sou um mensageiro, que tem como missão unicamente transmitir algo que lhe foi incumbido.
Nunca posso cair na tentação (difícil), de pensar como muitos: Sou um grande homem, realizado, faço e aconteço, tenho grande capacidade, etc., etc.,... Como se estas fossem mesmo atribuições minhas (ego) desprovidas de qualquer motivação superior.
Como sempre acreditei, guio-me por aqueles que “velam por nós”. Como diz a sabedoria Oriental: “devemos prestar honras, homenagens, pedir proteção e manter a memória de nossos antepassados” (nas minhas palavras, é claro!). Nunca estou só, nunca faço, ajo por minha conta, mas sim me guiando pelo meu daemon (assim como os grandes mestres espirituais), buscando o “reto-agir” e evitar as contínuas e necessárias – para o aprendizado – falhas.
Sei que se cair nessa de considerar-me o máximo, serei “abandonado” imediatamente pelas forças que me guiaram até o momento, pecando por vaidade e presunção.
Como diz a música: “Muita calma ladrão, muita calma...” (Racionais Mc’s). Um dia de cada vez (tipo na Bíblia!). Observando e sabendo-me observado pelo “Olho que tudo vê”. Esvaziei o cálice e começo a enchê-lo novamente (senão transborda). Sou novo a cada dia como o Sol de Heráclito. Espero continuar merecedor da Graça.

NiNo Strapillo
17/02/2005

Consciência feliz

As maiores atrocidades são cometidas em nome do progresso ou então dos oprimidos, quando na verdade tudo não passa de um jogo de interesses, principalmente políticos. Fazem todos acreditar, que algumas coisas são necessárias para o bom andamento da ordem e nada se pode fazer a esse respeito.
Numa escala mundial, citaria a bomba de Hiroshima e Nagasaki. Será que eram necessárias naquele momento da guerra? Ou então um exemplo banal e diário. Os mendigos e miseráveis que por aí perambulam. Mas mesmo assim, fazem com que tudo pareça “natural”. É normal que assim caminhem as coisas.
Não cabe mais ao homem decidir sobre o certo e o errado, agora quem decide, são os detentores do poder, e isso será decidido em benefício do andamento do todo, sem riscos para a consciência individual.

NiNoSca
08/1999