sexta-feira, 3 de julho de 2009



Como diz os "Irmão":

"quem é é, quem num é o cabelo voa"!!!

Muita Treta!!!

Vai Curíntia!!!

terça-feira, 30 de junho de 2009



Jack London

Poderia recomendar alguns, o primeiro que li foi "Antes de Adão" a história do cara que vive duas vidas ( no sono ele volta pra idade da pedra), "De Vagões e Vagabundos" mostra sua veia socialista e crítica, e claro "Martin Eden", onde ele busca se igualar socialmente ao seu amor para só depois ver que a classe burguesa não lhe merece.

Adoro este.

Classificação: Recomendação Erlani Muita Treta


Carta ao Sr. Martin Eden

Estimado senhor Eden
Gostaria de compartilhar com o senhor, a minha repulsa pelas classes burguesa e acadêmica. Por um simples motivo (motivo tão bem descrito pelo senhor): eles não compreendem (e não se interessam em compreender) o próprio povo, a própria base na qual se assentam.
Seus ganhos e estudos têm como base à prole, mas a informação da prole lhes dá engulhos. Nesse momento lembro de certo trecho de Orwell, George (1984): “Se há esperança, ela está nos proles”. Mas isso para eles não basta.
Em seu meio me sinto um penetra, que precisa medir bem as palavras para ser compreendido e mesmo assim terá de enfrentar sorrisos de falsa condescendência e simpatia como se fizessem um agrado a um retardado.
Ora – pensam eles – vem agora você me falar de cultura de rua! De que me importa tal música de maconheiro. Vai dizer que tem a ver com educação! Poupe-me da baixa-cultura, aqui só discutimos os pensadores.
Saio destes ambientes nauseado, e procuro me infiltrar o mais rápido possível no “esgoto” para reencontrar um sorriso ignorantemente simpático, sem grandes verdades.
A academia se fecha nela mesma e assim pensa elucidar as questões da vida. Mas o que lhes falta é justamente isso: vida. É fácil pensar do lado de dentro de um ambiente aconchegante e refrigerado. O grito das ruas não os alcança.

NiNoSca
15/09/2007

Obrigado Sr. Buonarroti


Sabe senhor Buonarroti, acho que o senhor ficaria muito feliz sabendo o quanto é admirado ainda hoje, passados tantos séculos de sua partida. Principalmente pelos brutos, almas simples sem os vícios da crítica e da falsa erudição.
Saber da exaltação que seus trabalhos criam nas almas sedentas de beleza e enlevo. E reafirmo. Não são necessárias maiores considerações estéticas para apreciar a beleza de seu colossal trabalho.
Ora só! veja como são as coisas! Pensar que passados tantos e tantos anos, um rapazola do outro lado do mundo, iniciaria seus dias orando frente a uma imagem sua, criada pelo senhor. Logo o senhor, que como toda grande alma se considerava indigno dos favores e da Graça de Deus, que via seus trabalhos como pálidas e frustradas tentativas de apreender o sagrado.
Por favor, por favor, não seja tão exigente consigo mesmo, embora compreenda à perfeição os pensamentos que lhe afligiam. Como diz em algum lugar da Bíblia Sagrada, os mais valorosos são justamente aqueles que reconhecem sua imperfeição e não os que exaltam suas qualidades. Os primeiros serão os recompensados pela Graça Divina. Sei com certeza que o senhor está neste número.
Porque será que não temos o mínimo de respeito para com nós mesmos? Enfim...

Afinal não é motivo maior de orgulho e de satisfação para com seu próprio trabalho, o fato deste vir a ser apreciado por toda a posteridade.
Grande mestre, lhe agradeço. Olho para a perfeição de sua obra e elevo minhas orações à Deus. Sua arte é o meu templo.


TiTo Igatha
11/08/2004