segunda-feira, 29 de março de 2010

"Todo problema acabou, o muito louco chegou!!!"

Se liga no NAIPE do Tiozinho!!!

Lanterna-Verde perde de longe...
Obras de Sebo

O ditado: “Não julgue um livro pela capa” é uma ótima metáfora para diversas circunstâncias, mas nunca tão perfeita quando aplicada literalmente. Ao livro, digo!
Fico feliz e sei que tenho um tesouro nas mãos quando encaro uma obra rica em citações sábias. Isso acontece geralmente com os clássicos. Poucos livros hoje em dia conseguem apresentar tamanha profundidade.
E no caso de pegar um livro de segunda-mão e ao começar a lê-lo deparar-me com os indefectíveis traços marcadores pelas suas páginas, tenho ainda a felicidade maior de saber que esta obra passou por mãos (mente) sensíveis.
O grande termômetro para mim de um ótimo livro, é a quantidade de citações que dele retiro. Apenas uns raros dispensam tal trabalho, afinal retirar as “pérolas” seria ter de copiar o livro na íntegra, tamanha perfeição. Poucos, poucos...
Pensar que o livro ao qual me refiro estava numa banca de “saldão” e que o adquiri por um simbólico real! Saber que o seu conteúdo é de valor inestimável! Inacreditável!
O livro ficou empilhado (na fila) por um bom tempo, até que resolvi encarar a leitura e descobrir o rico material nele contido. Quem diria! Apenas um real por tal obra de arte! Vejo nestes momentos que uma rápida visita ao sebo mais próximo de “sua casa” é o suficiente para obter o acesso aos maiores conhecimentos adquiridos pela humanidade e que graças à tecnologia de impressão chega a tornar-se até banal.

TiTo Igatha
30/11/2005
Troca

Sinceramente não sei se é certo ou não transmitir aos meus alunos acontecimentos de minha própria vida. Não sei o que os “educadores” pensam a respeito, mas se é o exemplo a melhor forma de aprender algo, não seria acertada então a minha atitude? Não sei. Ajo pelo instinto e paixão nesses momentos, não tanto com a razão.
Se estou discutindo a vida e suas possibilidades, por que deveria me abster de usar-me como exemplo? Deveria atribuir tudo sempre a um hipotético ser? Ou será que minhas palavras não terão mais força justamente por vir daquele que lhes ensina? Afinal, temos nossos professores (mestres) sempre como paradigmas de comportamento. Olhamos para eles (em qualquer estágio que nos encontremos), e não conseguimos acreditar numa possível vulnerabilidade. Sempre nos parecerão seres imunes aos fracassos e vicissitudes da cotidianidade. Espécie de super-heróis, que já nasceram com a sabedoria.
Não me sinto assim, e se estou tratando de acontecimentos ordinários porque não incluir-me no número dos “simples mortais”? Não dizer das dificuldades que enfrentei pelo caminho, quando na verdade elas foram inúmeras, e passar a imagem de realização profissional neste momento, sendo que atravessei a mesma angustia existencial desse período marcante e conturbado que é o final do período da vida escolar? Seria um mentiroso (como foram muitas vezes comigo).
Pelo menos desta forma compartilho minha humanidade, vulnerabilidade, que estamos num mesmo “barco” e compartilhamos a angustia por estarmos vivos e num mundo sem respostas fáceis (como querem nos empurrar).

TiTo Igatha
13/09/2006