terça-feira, 18 de agosto de 2009

20.000 mil léguas submarinas


A imagem que a maioria de nós tem desse "filme" é a de um polvo gigante enredando o submarino do Capitão Nemo. Imagem do filme da Disney.

Nada mais errôneo!

Nestas férias li o clássico de Júlio Verne. DEMAIS!!!


Acompanhei as aventuras do professor Aronnax, seu fiel seguidor e camareiro Conselho e do pescador de baleias Ned Land. Juntos resgatados pelo Nautilus, submarino do capitão Nemo percorreram as tais 20.000 mil léguas e me ensinaram muito sobre geografia, biologia, arte, história e tudo mais que a literatura pode nos oferecer.

Tesão!!!


TiTo Igatha
07/2009

De volta às aulas

As aulas recomeçaram. Novas turmas, novos alunos, os que passaram de ano, os repetentes... Estou me sentindo melhor, mais confiante e seguro. Talvez esteja eu “enganando melhor”, afinal nada tenho a ensinar, enfim...
Passei praticamente toda as férias espirrando, com o nariz entupido, olhos lacrimejantes, numa eterna gripe ou rinite alérgica, mas essa desculpa não me pega mais! Sei que foi tudo culpa de meus medos infundados, ansiedade doentia e certa sensação de culpa por não estar “fazendo nada”. Acho que foi o período que menos li. Apenas dois livros em todo tempo de descanso. Estive entretido em matar zumbis e correr por estradas da Europa no videogame. Oh, vício do cacete! Fiquei até com bolhas nos cotovelos de tanto tempo que passei deitado jogando. Tive que desligar o aparelho uns dias atrás, pra ver se entrava de leve no clima dos estudos. Deu certo!
Estou preparando algumas aulas, tendo boas idéias e preciso colocar mais em prática a filosofia para crianças. Devo criar aulas mais dinâmicas e evitar os longos textos, encarar sem receios o comando da sala, e mantê-los ocupados, sem tempo para pensar em bagunçar. Esta primeira semana deu certo.
Agora já vem o carnaval, mais uma semana de “férias” e aí sim, o “bicho vai pegar!”, direto até o final do ano em duas escolas, 16 salas diferentes, mais ou menos 600 alunos pra “dar uma idéia”, levar ao questionamento, apresentar a filosofia, e fazer um papel decente. O bom nessa profissão é que rotina não existe. É tudo sempre novo. Assim como o sol de Heráclito.

TiTo Igatha
14/02/2007

Das Antigas

Poderia dizer, utilizando a linguagem atual, que “estou numas de ler coisas das’antigas”, coisas “velhas”.
Engraçado isso de novo e velho em se tratando de arte, afinal esta é atemporal. Não há o novo e o velho. Tudo está aí! Sempre.
De uma coisa pelo menos posso me vangloriar. Não demorei toda uma vida para perceber a inutilidade que é acompanhar os “meios de comunicação” da massa: rádio, jornais, revistas e TV. Revista só para ir ao banheiro (e de mulher pelada...rs...rs...), televisão só para filmes. Enfim. Voltei-me assim aos clássicos dos clássicos. Eurípides, Sófocles, Hesíodo, Homero, Virgílio, Ovídio, Cícero, Marco Aurélio, Sêneca e é claro os grandes filósofos (estes nem preciso falar!).
Descobri riquezas inacreditáveis. Sabedoria infinita... Muitas vidas seriam necessárias.
Assim como os fragmentos de Heráclito, poucas palavras – muitas vezes – que tudo dizem. Basta uma “simples” tragédia grega (ou uma folhinha da Seicho-No-Ie) para toda a reflexão necessária para a vida.
Nada mais.
Sempre tive medo de ler coisas novas, sempre me achei incapaz de maiores compreensões. Aceitável, afinal segundo Dostoievski: “O homem teme o que lhe tira do hábito”. Assim, tudo o que é novo nos desgosta. Mas começo a quebrar essa barreira e encarar com prazer, certas “pedreiras”. Estas depois de “quebradas” se mostram fontes do prazer supremo, indizível. E ainda questionam porque se gosta de ler!

TiTo Igatha
26/12/2004