segunda-feira, 5 de outubro de 2009


A nova “Arte”

Cheguei a uma conclusão bem precisa. Não devemos generalizar nunca, é claro. Mas pelo processo de amostragem o resultado é claro.
O professor destes meninos é muito mais louco que todos eles juntos. Juventude, juventude...são mais “caretas” e “reacionários” que seus pais. Odeiam o novo, temem “tudo que lhes tira do hábito” (como disse Dostoiévski num de seus livros).
Só ouvem o que a rádio da modinha impõe. Um “dance-zinho”, um “pago-dinho”, um “axé-zinho”, só merda! Aí penso: Será que quando tinha essa idade era igualmente “bobinho”?
Não, definitivamente não!
É claro que tive grandes e péssimas escolhas (adorava por exemplo Menudo e New Kids on the Block), mas meu gosto era muito acima da média. Com 14 anos freqüentava a “Zozter” balada vanguarda de São Paulo (que não é pouca coisa!). Ouvia “Soft Cell”, fui ao show do “The Cure” em 1986 no Ibirapuera com 14 anos. Mas escutava de tudo: Funk (o verdadeiro!), Rock, música dos anos 50 e 60, Blues e o que viesse de bom.
Agora a situação não diverge, continuo escutando coisas novas e “velhas”, buscando sempre o diferente, novos conhecimentos “estéticos”. Chemical Brothers, Café Del Mar Ibiza, Mano Chao, US 3, Kiss, Deep Purple, Rock Progressivo italiano e tudo de bom que tiver por aí (sem falar do samba de verdade...Beth Carvalho...), mas essa molecada não! Só querem saber de merda e todos gostam das mesmas músicas. Sempre igual.
E o mais triste, e característica principal dos novos tempos. Uma música, filme, arte qualquer de 1 ano atrás já é velhíssima, coisa do passado. Mozart então, tá na roça!!!

TiToIgatha
10/09/2004