terça-feira, 18 de agosto de 2009


Das Antigas

Poderia dizer, utilizando a linguagem atual, que “estou numas de ler coisas das’antigas”, coisas “velhas”.
Engraçado isso de novo e velho em se tratando de arte, afinal esta é atemporal. Não há o novo e o velho. Tudo está aí! Sempre.
De uma coisa pelo menos posso me vangloriar. Não demorei toda uma vida para perceber a inutilidade que é acompanhar os “meios de comunicação” da massa: rádio, jornais, revistas e TV. Revista só para ir ao banheiro (e de mulher pelada...rs...rs...), televisão só para filmes. Enfim. Voltei-me assim aos clássicos dos clássicos. Eurípides, Sófocles, Hesíodo, Homero, Virgílio, Ovídio, Cícero, Marco Aurélio, Sêneca e é claro os grandes filósofos (estes nem preciso falar!).
Descobri riquezas inacreditáveis. Sabedoria infinita... Muitas vidas seriam necessárias.
Assim como os fragmentos de Heráclito, poucas palavras – muitas vezes – que tudo dizem. Basta uma “simples” tragédia grega (ou uma folhinha da Seicho-No-Ie) para toda a reflexão necessária para a vida.
Nada mais.
Sempre tive medo de ler coisas novas, sempre me achei incapaz de maiores compreensões. Aceitável, afinal segundo Dostoievski: “O homem teme o que lhe tira do hábito”. Assim, tudo o que é novo nos desgosta. Mas começo a quebrar essa barreira e encarar com prazer, certas “pedreiras”. Estas depois de “quebradas” se mostram fontes do prazer supremo, indizível. E ainda questionam porque se gosta de ler!

TiTo Igatha
26/12/2004

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