Engraxates do sistema
Gostaria de mandar um alô para os engraxates do sistema.
E aí meu irmão. Será que vai demorar a perceber que estão lhe enganando? Você não repara nos sorrisos falsos das pobres vendedoras tentando lhe empurrar tais e tais mercadorias. Você não percebe que a pobrezinha é mais uma marionete nessa peça de consumo. Afinal por que aquela blusa é tão mais cara que o seu valor como simples tecido? Um logotipo mágico suponho. O que lhe diferencia do seu Tito que usa uma igual a sua? Nada, além do fato dele ter sido igualmente enganado, usado, mesmo que pense o contrário.
Oh, galera! Vamos parar de sermos usados. Não vai sair por aí correndo em busca do perfume, porque na propaganda o “figura” estava cercado de mulheres. Um perfume cai bem, mas nada que um bom banho não faça. Comecem a perceber a falsidade por detrás da imagem, se pergunte se tal produto realmente lhe será útil. Provavelmente você irá defender sua necessidade com argumentos que podem ser facilmente derrubados. Mas o problema não é esse, não é novamente os “outros” que devem importar, apenas você. Siga a sua cabeça.
Não necessitamos nem de uma parte insignificante do que nos empurram. Somos tratados apenas como mercado consumidor. Fazem pesquisas para definir qual mercado tal produto está destinado. Que tipo de publicidade cairá melhor aos olhos e gosto de determinadas classes.
Dizem que se você fizer parte de determinado Banco, será um cidadão diferente, respeitável. Se tomar certa bebida, será finalmente viril como aquele ator de “novelas”. Tal roupa ou acessório a diferenciará das mulheres “comuns”. Fique belo como um “Plim-Plim” é fácil. Basta discar 0900. E assim vai!
Por favor, é hora de abrir os olhos. Não façam como Imelda Marcos, ex-primeira-dama de um rincão miserável, que acaba de anunciar em “prestigiada” revista a aquisição de seu sapato número três mil. Grande aquisição, grande coleção, e um tanto inútil convenhamos.
TiTo Igatha
26/08/1999
Gostaria de mandar um alô para os engraxates do sistema.
E aí meu irmão. Será que vai demorar a perceber que estão lhe enganando? Você não repara nos sorrisos falsos das pobres vendedoras tentando lhe empurrar tais e tais mercadorias. Você não percebe que a pobrezinha é mais uma marionete nessa peça de consumo. Afinal por que aquela blusa é tão mais cara que o seu valor como simples tecido? Um logotipo mágico suponho. O que lhe diferencia do seu Tito que usa uma igual a sua? Nada, além do fato dele ter sido igualmente enganado, usado, mesmo que pense o contrário.
Oh, galera! Vamos parar de sermos usados. Não vai sair por aí correndo em busca do perfume, porque na propaganda o “figura” estava cercado de mulheres. Um perfume cai bem, mas nada que um bom banho não faça. Comecem a perceber a falsidade por detrás da imagem, se pergunte se tal produto realmente lhe será útil. Provavelmente você irá defender sua necessidade com argumentos que podem ser facilmente derrubados. Mas o problema não é esse, não é novamente os “outros” que devem importar, apenas você. Siga a sua cabeça.
Não necessitamos nem de uma parte insignificante do que nos empurram. Somos tratados apenas como mercado consumidor. Fazem pesquisas para definir qual mercado tal produto está destinado. Que tipo de publicidade cairá melhor aos olhos e gosto de determinadas classes.
Dizem que se você fizer parte de determinado Banco, será um cidadão diferente, respeitável. Se tomar certa bebida, será finalmente viril como aquele ator de “novelas”. Tal roupa ou acessório a diferenciará das mulheres “comuns”. Fique belo como um “Plim-Plim” é fácil. Basta discar 0900. E assim vai!
Por favor, é hora de abrir os olhos. Não façam como Imelda Marcos, ex-primeira-dama de um rincão miserável, que acaba de anunciar em “prestigiada” revista a aquisição de seu sapato número três mil. Grande aquisição, grande coleção, e um tanto inútil convenhamos.
TiTo Igatha
26/08/1999
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