quarta-feira, 27 de outubro de 2010


Academia

Este ambiente é o que de mais próximo à “Academia” temos. E desde já, temos de esclarecer de qual “Academia” falamos.
Falamos da verdadeira, a que originou o conceito, a de Platão.
É lógico que nunca poderemos saber como realmente era a sua academia lá na Grécia Antiga, mas podemos imaginar que o espírito da coisa, esse sim, é o mesmo.
Um pátio florido, murmurante, arcadas encobertas por trepadeiras, o som dos pássaros, um resto de sol... Nas escadarias pessoas dispostas nas mais variadas formas, grupos “dialogantes” (se é que assim poderia dizer), cantantes... Todas as formas de arte abrigadas com igual respeito. Todas as raças, credos e disposições infinitas inerentes à humanidade.
Ah, não há palavras!
Desde o primeiro instante procurei alguma maneira de gravar esses sentimentos no mais fundo de minha alma para nunca mais esquecer tão sublime visão. O verdadeiro sentido da vida (para não entrar no mérito da filosofia).
E ainda busco essa maneira de fixar o impossível, bem típico do pensamento atual.
Se fosse budista pensaria em desfrutar o “agora”, não vincular-me a considerações passadas, presentes ou futuras. Quem sabe assim desfrutaria o sabor da plenitude sem o medo da perda.


Christian Scarillo
PUC – Pátio da Cruz
22/05/2003

Um comentário:

Adriana Garcia disse...

Que saudades das aulas de filosofia desse Christian Scarillo!