Infelizmente não compreendemos bem esse negócio de ser meio racional, meio animal. O homem não consegue ainda viver bem com isso. Busca a racionalidade total em meio a crises agudas de consciência. E assim vive mal!
Procuramos de todas as formas controlar as emoções, não nos entregarmos tão facilmente. Planejamos regimes, nos empenhar mais no trabalho e tudo o mais que prometa colocar nossas vidas nos eixos, mas não. Ao primeiro sinal de angustia atacamos os doces, o trabalho sempre fica relegado ao segundo plano em detrimento da esbórnia e as nossas vidas descarrilam fatalmente nos precipícios do prazer. Perdemos vergonhosamente para o lado animal, irracional, das sensações, dos prazeres da carne. Frente a isso não há razão que dê conta!
O problema é que não convivemos bem com isso. Se não ligássemos, tudo bem! A questão é que vivemos numa situação de racionalidade máxima. Não permite-se mais extravagâncias da alma!
De tudo que planejamos nunca contamos com um fator decisivo e responsável pelos nossos fracassos, que é a simples vontade humana. Capaz de deitar o mais belo castelo de cristal (como diria Dostoievski). A perfeição mais sublime almejada pelo homem só se perde por culpa dele mesmo. E na tentativa de viver de maneira equilibrada (e racional), em harmonia, desgasta-se a confiança em si próprio não restando nada mais então que entregar-se ao desânimo e às paixões desenfreadas.
Tito Igatha
07/07/2002
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